Eis que aquela coluna se transformou num ifrit de grande estatura, largo de corpo, amplo de peito, que trazia uma caixa sobre a cabeça. Desceu à terra, veio em direção da árvore na qual eles estavam e pôs-se sob ela. Levantou a tampa da caixa e dela tirou um grande cofre de cristal, cuja tampa também levantou. Imediatamente surgiu do cofre uma jovem belíssima, luminosa como o sol quando sorri. Depois de ter contemplado bastante a bela adolescente, o ifrit lhe disse: “Ó soberana das sedas! Ó tu que arrebatei no próprio dia de tuas núpcias! Gostaria bem de dormir um pouco neste lugar solitário, onde os olhos dos filhos de Adão não podem te ver. E depois que eu tiver repousado da viagem, farei contigo, então, a coisa do costume.” Ela lhe disse, com voz que parecia o cântico de um pássaro: “Dorme, ó pai dos gênios! Que o sono te seja reconfortante e delicioso!” E o ifrit, pousando a cabeça sobre os joelhos dela, dormiu.
colecao de contos arabes
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