Sunday, January 21, 2007

ALEKSANDR PÚCHKIN


Teu belo ser, em pensamento,

Uma vez mais ouso afagar;

O sonho, com o sentimento

Reaver; com gozo, acanhamento

E dó, o amor teu evocar.

Foge, a mudar-se, cada vida;

Muda-se tudo, e tu, e eu.

Já para teu poeta, querida,

E o amado, para ti, morreu.

Recebe, pois, longínqua amada,

O adeus deste meu coração,

Qual viúva, ou qual o que abraçada

Mantém a que ele ama, calada,

Quando ele vai sofrer prisão.

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